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Tunísia The end

Para acabar

Passei as fotos o meu disco, formatei o cartão da máquina fotográfica, no dia seguinte tenho "erro" na pasta das fotos de Sidi Bou Said :(

Fiz a viagem da Tunísia para Paris ao lado de uma miuda de 9 anos que morava em Paris mas era da Tunísia, que para além de não estar quieta, fazia perguntas " mas o que fazes no teu trabalho?" se em português já é complicado em francês não sabia o que responder, mesmo quando fingia dormir ela puxava-me o braço até "acordar" lembrava-se de outra pergunta " tens facebook?"

Cheguei à noite ao Porto bem, a minha mala é que ficou pelo caminho, só 3 dias depois é que localizaram finalmente a mala em Paris...

day 5&6

Preciso de dedicar mais algumas palavras aos táxitas, aquela raça que se tenta fazer de simpática e depois tenta cobrar mais do que diz no taxímetro ou tenta a todo o custo que aluguemos o serviço deles por um dia, “eu espero por si, bom preço ao dia, mto complicado depois arranjar outro táxi”, quando o que mais há nas ruas são carros amarelos, todos estuporados, com cortinas, música árabe aos berros a andar a velocidades não diria altas, mas quando se anda a 70Km/h e se sente a andar 200km/h algo está errado.
Normalmente tomava um pequeno almoço reforçado (e aproveitava para colocar mais qualquer coisa na mala para passar o almoço) o que me deixava muito mal disposta quando começava a andar de táxi, nem diria que as estradas eram más mas amortecedores era para esquecer…

No sábado fui visitar Cartago, fiquei um pouco triste de não me lembrar grande coisa das aulas de história sobre os Cartagineses e os Fenícios mas mesmo assim gostei muito, do alto do monte temos uma vista privilegiada sobre Tunis, existe um museu sobre a história daquela zona e como foi sucessivamente uma grande cidade mas sob o domínio de diferentes impérios e muito cobiçada pela sua posição estratégica no mar mediterrâneo. Visitei também um anfiteatro, um teatro, uma vila e umas termas romanas. (Thermes De Antonin) uma das maiores do mundo.

Domingo decidi ir ao museu Bardo, o maior museu da Tunísia que com as suas obras, essencialmente mosaicos, relata também o que foi a história da Tunísia, construções impressionantes de pedras multicoloridas que serviram de chão em palácios, paredes de igrejas, túmulos, chão de saunas etc. ia ouvindo um pouco das visitas guiadas em espanhol, italiano, francês e a descrição dos desenhos e os seus significados foi muito interessante.

Estava muito calor mas tinha de regressar a Sidi Bou Said, ver durante o dia as verdadeiras cores daquele sítio tão pitoresco e tirar umas belas de umas fotos. Após uma longa subida começo a dar uma vista de olhos nas bancas, depois de regatear (já estava a começar a aprender) lá comprei mais umas tretas quando me apercebo que já estava a ficar sem Dinars, toca a descer tudo outra vez para levantar dinheiro para voltar a subir e finalmente passear por lá… é um ligar mesmo encantador, decidi ir a uma esplanada beber outra vez o famoso chá, “não há chá por causa do Ramadão só à noite, mas agora há sumos a, b, c, d …sandwich, pizzas…” pensei estou a delirar por causa do calor, só pode, depois de o homem repetir 3 vezes, uns italianos tb disseram que não percebiam e tb eles tinha pedido chá e acabaram a beber sumo por causa do Ramadão… vá-se lá perceber!!

Back to the hotel praia e piscina para o relax, amanhã é dia de trabalho…

Tunísia dia3&4

Finalmente tive algum tempo para sair do percurso trabalho-hotel, fui a um bairro muito popular Sidi Bou Said a revista de turismo descreve como "Cheira a jasmim e a azahar, tem cor de mar pintado nas suas portas e janelas azuis, respira paz e harmonia no branco das paredes das suas casas". Apesar ter ido à noite, concordo com o que a revista diz, a subida da colina é dura mas a vista é fantástica e o chá tradicional de menta com pinhão é obrigatório.

Sexta, finalmente um dia completo para mim, nada como começar com um mega pequeno almoço e mais qq coisa para a mala. Pedi um taxista para me levar à medina de Tunis, tentou convencer a um esquema de me levar à medina e esperar por mim 2h e depois pagava qd voltasse, isto pq seria impossível para mim depois arranjar um táxi, por causa da confusão. Recusei e ainda bem que o fiz,...quando finalmente cheguei à medina apesar do marcador marcar 10Dinars, disse que eram 15 e depois não se calava em árabe com as explicações...e já agora, haviam dezenas de táxis livres quando decidi vir embora.

Bem chegando às portas de França a entrada oficial da Medina, tinha dois caminhos, lá me aventurei pelas entranhas da medina, havia de tudo desde de lembranças de casamento, electrodomésticos, comida, calçado, peixe, carne, fruta, legumes, calçado... tudo isto ao som de canticos/rezas vinda da mesquita. Cheguei ao outro lado da medina um pouco triste afinal onde estavam os brincos, as pulseiras, as vestes bonitas, imans, os vendedores a tentarem impingir coisas?

Enquanto tirava umas fotografias um homem disse-me para seguir o percurso turistico, uma placa muito pouco visivel, mas não se limitou a mostrar a placa, começou a andar à minha frente e no meio de uns quelhos estava um palácio, ele bateu e a porta abriu, um homem saiu espreitou e deixou-nos entrar, começei a achar aquilo um pouco estranho e quando ele fechou a porta depois de eu entrar achei mesmo uma péssima ideia. Ele deve ter percebido que fiquei assustada e apressou-se a mostrar um cartão de identificação de guia turistico que era suposto ter algum efeito tranquilizador... mas estava num raio de um palácio fechada com 2 estranhos, nisto entram 2 francesas queriam ver o palácio, o guia oferece-se para me mostrar os palácios da medina e que no final pagava o que achar justo. Convidei as francesas para virem comigo e foi uma aventura, 1º acompanhar o homem pq parecia uma cobra a andar pela medina, 2º perceber o que ele dizia o meu francês nunca foi bom, mas perceber francês de homem desdentado pior ainda, 3º num dos palácios fomos ao terraço, onde tivemos de subir a uma escada, dp a uma cadeira para termos acesso ao terraço mais alto e observar o caos que é Túnis. Um mar de terraços brancos, tijolos, parabólicas sem fim.


Os palácios são aquilo que vemos nos filmes, claustros bonitos rodeados de colunas, tectos muito trabalhados, azulejos muito bonitos, salas com almofadas, tapetes floridos é verdadeiramente entrar num cenário de filme. O susto foi grande mas a visita guiada valeu mesmo a pena.
Chegando outra vez à entrada da medina decidi explorar o outro lado e ai sim, era a rua para turista ver, um mundo sem fim de ruas e ruelas, de vestuário árabe, brincos, pulseiras, sapatos de aladino e todo o tipo de "souvenir". Detesto regatear e todos eles diziam o mesmo "como és portuguesa e muito simpática faço um preço especial"