Caríssimos, esta fotografia foi tirada da janela do meu posto de trabalho, a vista podia ser melhor mas dou-me por feliz por ter um lugar ao sol e com muita luz natural.
Mas olhem mesmo com atenção, nada de estranho? então olhem para o 3º andar, é de facto uma porta para o NADA, o andar de baixo teve o cuidado de colocar um gradeamento e o rés-do-chão, talvez aquele que tinha mais lógica ter uma porta, tem uma janela.
Agora já imaginaram a situação de ter uns amigos com os copos à procura de uma casa de banho?

Numismática

O tempo mais uma vez trocou-me as voltas planeadas para este fds, o que não foi propriamente mau...
O meu pai fazia colecção de moedas e da minha última visita a Lisboa resolvi traze-las, provavelmente não valeram grande coisa, pois pelo que andei a investigar as que mais valem são aquelas que nem chegaram a entrar em circulação e como tal estão "impecáveis".
Aliás existem vários níveis de avaliação de moedas, mas não encontrei nenhum que significa-se " inreconheçivel" e nesta categoria iria provavelmente colocar várias das moedas guardadas pelo meu pai.
A maior parte das moedas foram encontradas durante a destruição da casa dos meus avós, teta e teta qq coisa e muitos anos debaixo de pedras e terra não fazem maravilhas às moedas...
Acabou por ser um passatempo engraçado, acabei por listar num excel todos os dados das moedas e depois cruzar com o que o meu pai à vários anos tinha listado a papel e caneta, evolução dos tempos :)
Mas eu ainda tinha outra vantagem, Internet, sim esta fabulosa ferramenta porque ao contrário do meu pai eu não sei latim e tornava-se quase impossível para mim decifrar o que lá dizia.
Para além do significado das frases, em muitos casos descobria-se a história da origem da frase, contexto da época e imagens das moedas que usavam-na! ( o que me permitiu reconher algumas ).
Senti-me uma verdadeira investigadora lol :) talvez dê continuidade a esta pequena coleção, mas faz-me confusão guardar euros! é como se eles fizessem mais sentido na minha carteira!

Resoluções...

Mas porque normalmente só tomamos resoluções de ano novo quando achamos que precisamos de mudar algo na nossa vida?
Bem não vou ser muito radical e vou-me dar mais uma semana, apartir de Setembro:
Controlo a minha veia consumista ( aliás eu não era assim, por isso não pode ser assim muito difícil)
Da primeira resolução resulta a 2ª poupar pelo menos x por mês.
Inscrever-me na piscina e ter aulas ( já começei a procura)
Aprender um prato por semana ( o que é me obrigará a ligar o fogão)
Bem e por agora é tudo! tenho outras coisas em mente mas precisam de mais reflexão e menos preguiça.

Tempo

Se a memória não me falha terá sido o Nuno Markl a inventar/divulgar o conceito "desbloqueadores de conversa", lembro-me de ter ouvido na rádio vários exemplos pelos quais todos na vida já passamos. Aquele vizinho que se encontra no elevador e nada mais ocorre falar para além do tempo para não cair na tentação de dizer ahh e tal grande jogo o de domingo passado e o gajo até ser de outra equipa...
Bem isto é um perigo pelo qual não corro, pois não entendo nada de futebol.
Mas ultimamente parece que só se fala do tempo e como ando a precisar de um desbloqueador de blog aqui vai...
Que RAIO de tempo é este? ontem li que estamos a ter um Verão normal, os últimos anos é que teriam sido anormalmente quentes! Não me posso queixar das semanas que escolhi para férias, aliás parecem ter sido escolhidas com ajuda divina mas de resto volto a repetir que RAIO de Verão é este?
Não há dia que saia de casa sem casaco e quando volto a casa não fossem os meus kilos extra talvez levantasse voo.
Hoje terá sido o 1º dia desta semana que me faz lembrar um belo dia de Primavera, sim Primavera, mas segundo as previsões amanhã temos chuva para começar bem o fds!
Os meus "planos" para este Verão em Aveiro passavam por acordar cedinho e sempre que pudesse fugir para a praia ao final do dia, mas eu fujo sim é para casa! Noites quentes de Verão? não sei o que é isso quando estou em Aveiro.
Enfim, com isto já perdi mto tempo :) back to work

Festival Credial

Qual Sudoeste qual Paredes de Coura, com esta descrição este é sem dúvida o verdadeiro festival de verão:

"Qual Shakira?É Ana Malhoa!


Cristiano Pereira, Pedro Correia

Das colunas solta-se uma versão de "Just like a prayer", da Madonna, apesar de não se vislumbrar qualquer artista em palco. Mas esta voz de travesti (isto não é dito com sentido pejorativo; é apenas uma mera constatação) não dá azo a equívocos é Ana Malhoa quem aí vem. Subitamente, ouve-se um vrum, vrum - O que é isto? Um carro? Não, é uma mota. Uma mota? Sim, tal como os Manowar nos seus tempos áureos, também Ana Malhoa entra em palco montada numa mota conduzida por um sujeito que mira a assistência com ar ameaçador, espécie de pugilista com a musculatura tatuada. Hey lá!

Estamos em Ponte de Lima e é a última noite do Festival Credial. É, também, a noite mais concorrida de todo o fim-de-semana - 12 mil cá dentro. E Ana a dominar, as botas de cano alto subidas até às coxas, um soutien aos quadrados pretos e brancos , o piercing cintilante cravado no umbigo. A seu lado há um sujeito com penteado à guitarrista dos Exploited - crista punk avermelhada - a agitar um capote, aqueles panos dos toureiros. Ana tenta cativar a plebe, apelando à festa "Vá", desafia, "toca a levantar os braços! O colega do lado não se importa e não cheira a cebola - afinal, vocês pagaram bilhete". Ana está em grande.

Algures entre uma Shakira e uma Daniela Mercury, Ana arrebita-se numa sensualidade provocante. "Ela tem ar de bardajona e, apesar de muitos não admitirem, os homens gostam disso", opina um jovem que preferiu não se identificar apesar de ser uma célebre figura da divulgação da música popular na blogosfera. O concerto termina após um número com cuspidoras de fogo - "Atenção meninas, isto não é momento de depilação!", adverte a artista. Segue-se o muito aplaudido Fernando Rocha, verdadeira máquina a debitar palavreado impróprio na sacristia. A euforia assume uma dimensão maior com a chegada de Toy, o grande, enormíssimo Toy, o Iggy Pop da cena lusitana. O homem é uma figura. Artista multifacetado e polivalente, não se inibe em percorrer a pop, a balada, o rock. E até se senta à bateria para mostrar o que vale. O auge do concerto acontece no momento em que Toy tem a feliz ideia de expor a sua faceta de rapper. Sim, ele desata a palrar rimas improvisadas enquanto gesticula os braços - para quando uma colaboração com Sam The Kid?

Enquanto abana o joelho e rodopia sobre si mesmo, Toy ainda canta músicas sobre "presunto com um pedaço de pão" e uma outra em alemão só para, diz ele, "provar que não temos nada contra a música internacional". Soberbo.

E agora? Quem falta? É Emanuel, o responsável pela nomenclatura pimba que inquieta tanta gente. O homem abre a actuação com a seminal "Que grande bronca" e o mulherio agita no ar flores aos molhos, algo que nos lembra os vídeos dos concertos dos Smiths nos anos 80. Emanuel não está com tangas - "E se elas querem um encosto à maneira?", pergunta, o microfone direccionado para a populaça. A resposta não tarda "Nós pimba!". Pelo meio, há uma canção em ritmo reggae. A actuação finda com os machos a sintonizar as pupilas no trio de bailarinas com vestidos prateados. E há quem berre: "Ah, bela charcutaria!".

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