Era assim...com os telefones
Ainda sobre a dependência dos tlm ontem começei-me a lembrar da altura que entrei para o colégio... isto é 1992, era eu uma criança com 10 aninhos.
No colégio eramos cerca de 400 alunas e o ano em que entrei foi ano de inovações!
Foi colocada uma nova cabine telefónica a cartão, ou seja, passou a haver o fantástico número de 2 telefones, 2 telefones públicos para 400 alunas!
Um mais antigo a moedas numa espécie de casinha de madeira e um último grito em tecnologia azul a funcionar com os credifones ou se quiserem TLP cards, (oki, quem é que ainda se lembrava destes nomes?) ahh pois é! eu cheguei a fazer colecção de credifones... deverão estar tds numa caixa de sapatos algures ...
E havia aquelas situações "ohhh empresta-me 1 periodo, a sério, é só para dar um recado", na altura um credifone tinha 50 ou 120 impulsos ( periodos) e os mais baratos custavam 750 escudos! Oki estou mesmo a ficar velha... lembro-me dos preços do "antigamente"! primeiro sinal de demência.
Ora um colégio interno funciona como uma selva, reina a lei do mais forte e neste caso eram as alunas mais velhas, por exemplo, uma fila para o telefone ou outra situação qualquer, uma aluna do 6º ano passava todas as que fossem do 5ºano, até encontrar alguma do seu ano ou ano superior. Podem ficar chocados mas era a práctica normal e aceite, claro que quando se está no 5º ano e na base da cadeia alimentar, a teoria é "quando eu for grande vou acabar com estas situações e vou respeitar as filas", mas quando o poder do 6ºano sobe a cabeça e apesar de sermos ultrapassadas pelo 7º,8º,9º,10º,11º e 12º achamos o máximo passar o 5º ano à frente.
Bem voltando aos telefones e conforme o explicado era quase impossível conseguir fazer um telefonema, eu estava habituada a não ficar em casa, dormia várias vezes na casa dos meus primos e como tal não posso dizer que tivesse saudades, mas o mesmo não se pode dizer de várias coleguinhas minhas que quando batia a saudade e o medo dava origem a grandes choradeiras.
Eu confesso chorei na primeira semana, mas não de saudades, tinha combinado com a minha mãe que lhe telefonaria à noite na quarta feira mas como não tinha conseguido pensei que a minha mãe fosse ficar triste e chateada comigo.
Depois expliquei a situação em casa e acabaram-se as tentativas para ligar, à medida que fui crescendo na hierarquia às vezes lá telefonava 1 vez por semana para casa...naquela de saber se estava td bem.
Hoje com 25 anos o dia em que não telefone para casa é o caos!
No colégio eramos cerca de 400 alunas e o ano em que entrei foi ano de inovações!
Foi colocada uma nova cabine telefónica a cartão, ou seja, passou a haver o fantástico número de 2 telefones, 2 telefones públicos para 400 alunas!
Um mais antigo a moedas numa espécie de casinha de madeira e um último grito em tecnologia azul a funcionar com os credifones ou se quiserem TLP cards, (oki, quem é que ainda se lembrava destes nomes?) ahh pois é! eu cheguei a fazer colecção de credifones... deverão estar tds numa caixa de sapatos algures ...
E havia aquelas situações "ohhh empresta-me 1 periodo, a sério, é só para dar um recado", na altura um credifone tinha 50 ou 120 impulsos ( periodos) e os mais baratos custavam 750 escudos! Oki estou mesmo a ficar velha... lembro-me dos preços do "antigamente"! primeiro sinal de demência.
Ora um colégio interno funciona como uma selva, reina a lei do mais forte e neste caso eram as alunas mais velhas, por exemplo, uma fila para o telefone ou outra situação qualquer, uma aluna do 6º ano passava todas as que fossem do 5ºano, até encontrar alguma do seu ano ou ano superior. Podem ficar chocados mas era a práctica normal e aceite, claro que quando se está no 5º ano e na base da cadeia alimentar, a teoria é "quando eu for grande vou acabar com estas situações e vou respeitar as filas", mas quando o poder do 6ºano sobe a cabeça e apesar de sermos ultrapassadas pelo 7º,8º,9º,10º,11º e 12º achamos o máximo passar o 5º ano à frente.
Bem voltando aos telefones e conforme o explicado era quase impossível conseguir fazer um telefonema, eu estava habituada a não ficar em casa, dormia várias vezes na casa dos meus primos e como tal não posso dizer que tivesse saudades, mas o mesmo não se pode dizer de várias coleguinhas minhas que quando batia a saudade e o medo dava origem a grandes choradeiras.
Eu confesso chorei na primeira semana, mas não de saudades, tinha combinado com a minha mãe que lhe telefonaria à noite na quarta feira mas como não tinha conseguido pensei que a minha mãe fosse ficar triste e chateada comigo.
Depois expliquei a situação em casa e acabaram-se as tentativas para ligar, à medida que fui crescendo na hierarquia às vezes lá telefonava 1 vez por semana para casa...naquela de saber se estava td bem.
Hoje com 25 anos o dia em que não telefone para casa é o caos!
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